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Fernando Pessoa

32. Morte

A morte é um caminho.
[ilustração: Almada Negreiros (1893-1970). Mulher sentada lendo. 1934. Col. part. Lisboa.
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«Morrer é só não ser visto.»

A morte é a curva da estrada,

Morrer é só não ser visto.

Se escuto, eu te oiço a passada

Existir como eu existo.

A terra é feita de céu.

A mentira não tem ninho.

Nunca ninguém se perdeu.

Tudo é verdade e caminho.

23-5-1932

Poesias. Fernando Pessoa. (Nota explicativa de João Gaspar Simões e Luiz de Montalvor.) Lisboa: Ática, 1942 (15ª ed. 1995).

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