Fernando Pessoa
31. Sorte
Só a morte revelará quem fomos em vida inconscientes.
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«A vida é dividida entre quem sou e a sorte.»
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As coisas que errei na vida
São as que acharei na morte,
Porque a vida é dividida
Entre quem sou e a sorte.
As coisas que a Sorte deu
Levou-as ela consigo,
Mas as coisas que sou eu
Guardei-as todas comigo.
E por isso os erros meus,
Sendo a má sorte que tive,
Terei que os buscar nos céus
Quando a morte tire os véus
À inconsciência em que estive.
21-8-1934
Novas Poesias Inéditas. Fernando Pessoa. (Direcção, recolha e notas de Maria do Rosário Marques Sabino e Adelaide Maria Monteiro Sereno.) Lisboa: Ática, 1973 (4ª ed. 1993).
- 107.


![Mário Eloy (1900-1951). Mulher sentada a ler, 1925-26. Col. part. Lisboa.
[ilustração: Mário Eloy (1900-1951). Mulher sentada a ler, 1925-26. Col. part. Lisboa.
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Ricardo Reis: Consciência
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