Fernando Pessoa
4. Tédio
Não encontra um sentido para a angústia que tem em si.
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«Não sei o que faça, não sei o que penso.» |
Há no firmamento
Um frio lunar.
Um vento nevoento
Vem de ver o mar.
Quase maresia
A hora interroga,
E uma angústia fria
Indistinta voga.
Não sei o que faça,
Não sei o que penso,
O frio não passa
E o tédio é imenso.
Não tenho sentido,
Alma ou intenção...
Estou no meu olvido...
Dorme, coração...
11-3-1917
Poesias. Fernando Pessoa. (Nota explicativa de João Gaspar Simões e Luiz de Montalvor.) Lisboa: Ática, 1942 (15ª ed. 1995).
- 79.


![Júlio (1902-1983). Desenho in Presença, nº 1, 1927. [ilustração: Júlio (1902-1983). Desenho in Presença, nº 1, 1927.]](/media/labirinto/passos-imagens-mini/31.png)

Álvaro de Campos: Tédio
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