Fernando Pessoa
7. Saudade
A nostalgia da infância está sempre presente.
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«Sinto mais longe o passado, sinto a saudade mais perto.»
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Ó sino da minha aldeia,
Dolente na tarde calma,
Cada tua badalada
Soa dentro da minha alma.
E é tão lento o teu soar,
Tão como triste da vida,
Que já a primeira pancada
Tem o som de repetida.
Por mais que me tanjas perto
Quando passo, sempre errante,
És para mim como um sonho.
Soas-me na alma distante.
A cada pancada tua
Vibrante no céu aberto,
Sinto mais longe o passado,
Sinto a saudade mais perto.
s. d.
Poesias. Fernando Pessoa. (Nota explicativa de João Gaspar Simões e Luiz de Montalvor.) Lisboa: Ática, 1942 (15ª ed. 1995).
- 93.1ª publ. in Renascença. Lisboa: Fev. 1924.


![Júlio (1902-1983). Desenho. in Presença, s. 2, nº 1, 1939.
[ilustração: Júlio (1902-1983). Desenho. in Presença, s. 2, nº 1, 1939.
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Alberto Caeiro: Saudade
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