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Ocultismo

20. Profecias

As profecias do Bandarra anunciam o Quinto Império, o regresso de D. Sebastião e os destinos de Portugal.
[ilustração: Carlos Calvet. «Uma nuvem de crepe preto. Tinha a forma de um ataúde» 1980
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«Há muitas vezes acontecimentos cuja importância é velada no tempo em que se dão.»
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INTRODUÇÃO GERAL

São três os pontos essenciais da profética do Bandarra: o Quinto Império, a ida e regresso de El-Rei D. Sebastião, e os destinos de Portugal. O primeiro ponto preocupa-o em comum com toda a profética europeia, e, em certo modo, a hebraica; o segundo ponto preocupa-o mais que a outros profetas, estranhos A nossa nação; como, porém, em um dos seus sentidos, o “regresso” de D. Sebastião se prende com a mesma ideia do Quinto Império, não faltam em profetas estranhos, e nomeadamente em Nostradamus, alusões inequívocas — que veremos — a este “regresso”. E só no que diz especialmente respeito aos destinos mais particulares de Portugal — isto é, aos destinos de Portugal naqueles pormenores que só episodicamente se prendem com o “regresso” de D. Sebastião, ou de todo com ele se não prendem, que, como é natural, o Bandarra é o único a preocupar-se, ou, antes, ele e os outros poucos profetas nacionais, pois é matéria que não interessa aos estrangeiros.

O que nos cumpre, pois, explicar nesta Introdução Geral, é o que seja esta ideia do Quinto Império, ilustrando-a com os exemplos da profética estranha; o que seja esse “regresso”, ou, antes, como veremos, os “regressos” de El-Rei D. Sebastião; e também que linha geral segue a profética do Bandarra no que se refere aos destinos gerais da nação, estejam, ou não estejam, ligados aos da simbólica figura do último Rei da dinastia de Avis.

Seguiremos, nesta explanação, a ordem que apontámos, sendo que ela é a ordem de importância decrescente, para a civilização em geral, da matéria profetizada.

s.d.

Sobre Portugal - Introdução ao Problema Nacional. Fernando Pessoa (Recolha de textos de Maria Isabel Rocheta e Maria Paula Morão. Introdução organizada por Joel Serrão.) Lisboa: Ática, 1979.

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